Visão geral
A doença do legionário (LD) foi
reconhecida em 1976, após um surto de pneumonia numa convenção da Legião
Americana em Filadélfia. Posteriormente, o agente etiológico foi identificado
como uma fastidiosa bactéria gram-negativa chamada Legionella pneumophila. Apesar de várias espécies do género Legionella terem sido posteriormente
identificadas, a L pneumophila é a
causa mais frequente da legionelose humana e uma causa relativamente comum de
pneumonia adquirida em adultos, sendo esta mais rara em crianças.
Apesar de mais de 70 soro-grupos de Legionella terem sido identificados entre 50 espécies, a L pneumophila soro-grupo 1, sozinha, é responsável por 70-90% dos casos verificados em adultos. A legionella Micdadei (Micdadei Legionella) e L dumoffii são as segundas e terceiras espécies mais comuns, causadoras da doença dos legionários em crianças, respetivamente.
A legionelose apresenta duas síndromes clínicas diferentes: a doença dos legionários, que na maioria das vezes se manifesta como uma pneumonia severa acompanhada de uma doença multi-sistémica, e a febre de Pontiac [1].
A transmissão infecciosa ocorre por meio de aerossolização ou aspiração de água contaminada com estes organismos. As feridas podem infetar após o contato com água contaminada. Os sistemas seguintes estão ligadas à transmissão de organismos Legionella:
- Torres de resfriamento
- Aparelhos de terapia respiratória
- Banheiras de hidromassagem [2]
- Condensadores evaporativos
- Sistemas de distribuição de água potável (por exemplo, chuveiros, torneiras) [1, 3]
A bactéria Legionella pneumophila é o principal agente etiológico da doença do legionário (ou legionelose), uma forma de pneumonia lobar. Presente em diversos ambientes aquáticos, esta bactéria é uma parasita intracelular de protozoários. A patogénese da doença do legionário é largamente devida à capacidade da L. pneumophila para invadir e proliferar dentro dos macrófagos alveolares, acreditando-se que esta habilidade resulta de uma adaptação anterior de nichos intracelulares na natureza. Na verdade, a legionella intracelular exibe uma notável capacidade de evitar as atividades endossomais e lisossomais bactericidas e de originar um único fagossoma replicativo. Nos últimos anos, muitos progressos tem sido feitos no sentido de identificar os factores bacterianos que promovem a infecção intracelular e virulência.[4]
Estes organismos são bastonetes gram-negativos pleomórficos aeróbios, bastante móveis, e muito exigentes nutricionalmente. O seu crescimento depende da presença de L-cisteína e de ferro em meios especiais. O organismo foi isolado em habitats aquáticos naturais (água doce e lagos, reservatórios de água) e fontes artificiais (torres de refrigeração, sistemas de distribuição de água potável]. A temperatura de crescimento óptima situa-se entre os 28-40 °C. Estes organismos são latentes abaixo de 20 °C e são mortos a temperaturas acima dos 60 °C.
A resposta do hospedeiro a este tipo de organismo é semelhante a outras respostas perante outros micro-organismos intracelulares oportunistas e apresenta ambos os mecanismos de resposta imunitária: inata e adquirida. A imunidade inata inclui as respostas de uma variedade de células hospedeiras e citoquinas, incluindo aquelas produzidas por macrófagos estimulados por antigénios microbianos. A imunidade adquirida consiste em linfócitos T ativados e nas citoquinas por eles produzidos, como o interferão (IFN) e outras citoquinas que ativam macrófagos com o objetivo de restringir o crescimento e propagação de bactérias intracelulares. O papel das citoquinas no que respeita especificamente à resistência e imunidade perante a Legionella é exemplificado por estudos sobre a natureza e o mecanismo pelo qual interferão produzido pelos linfócitos T ativados influencia macrófagos para resistir à infeção por parte desta bactéria, não só através da restrição do seu crescimento, mas também através da morte desta. Esta citoquina apresenta um papel chave na ativação de macrófagos na imunidade adquirida à Legionella e a outras bactérias intracelulares. Em particular, o interferão é conhecido por ter um papel crucial na ativação de macrófagos para resistir à infeção por L. pneumophila.[4]
Apesar de mais de 70 soro-grupos de Legionella terem sido identificados entre 50 espécies, a L pneumophila soro-grupo 1, sozinha, é responsável por 70-90% dos casos verificados em adultos. A legionella Micdadei (Micdadei Legionella) e L dumoffii são as segundas e terceiras espécies mais comuns, causadoras da doença dos legionários em crianças, respetivamente.
A legionelose apresenta duas síndromes clínicas diferentes: a doença dos legionários, que na maioria das vezes se manifesta como uma pneumonia severa acompanhada de uma doença multi-sistémica, e a febre de Pontiac [1].
A transmissão infecciosa ocorre por meio de aerossolização ou aspiração de água contaminada com estes organismos. As feridas podem infetar após o contato com água contaminada. Os sistemas seguintes estão ligadas à transmissão de organismos Legionella:
- Torres de resfriamento
- Aparelhos de terapia respiratória
- Banheiras de hidromassagem [2]
- Condensadores evaporativos
- Sistemas de distribuição de água potável (por exemplo, chuveiros, torneiras) [1, 3]
A bactéria Legionella pneumophila é o principal agente etiológico da doença do legionário (ou legionelose), uma forma de pneumonia lobar. Presente em diversos ambientes aquáticos, esta bactéria é uma parasita intracelular de protozoários. A patogénese da doença do legionário é largamente devida à capacidade da L. pneumophila para invadir e proliferar dentro dos macrófagos alveolares, acreditando-se que esta habilidade resulta de uma adaptação anterior de nichos intracelulares na natureza. Na verdade, a legionella intracelular exibe uma notável capacidade de evitar as atividades endossomais e lisossomais bactericidas e de originar um único fagossoma replicativo. Nos últimos anos, muitos progressos tem sido feitos no sentido de identificar os factores bacterianos que promovem a infecção intracelular e virulência.[4]
Estes organismos são bastonetes gram-negativos pleomórficos aeróbios, bastante móveis, e muito exigentes nutricionalmente. O seu crescimento depende da presença de L-cisteína e de ferro em meios especiais. O organismo foi isolado em habitats aquáticos naturais (água doce e lagos, reservatórios de água) e fontes artificiais (torres de refrigeração, sistemas de distribuição de água potável]. A temperatura de crescimento óptima situa-se entre os 28-40 °C. Estes organismos são latentes abaixo de 20 °C e são mortos a temperaturas acima dos 60 °C.
A resposta do hospedeiro a este tipo de organismo é semelhante a outras respostas perante outros micro-organismos intracelulares oportunistas e apresenta ambos os mecanismos de resposta imunitária: inata e adquirida. A imunidade inata inclui as respostas de uma variedade de células hospedeiras e citoquinas, incluindo aquelas produzidas por macrófagos estimulados por antigénios microbianos. A imunidade adquirida consiste em linfócitos T ativados e nas citoquinas por eles produzidos, como o interferão (IFN) e outras citoquinas que ativam macrófagos com o objetivo de restringir o crescimento e propagação de bactérias intracelulares. O papel das citoquinas no que respeita especificamente à resistência e imunidade perante a Legionella é exemplificado por estudos sobre a natureza e o mecanismo pelo qual interferão produzido pelos linfócitos T ativados influencia macrófagos para resistir à infeção por parte desta bactéria, não só através da restrição do seu crescimento, mas também através da morte desta. Esta citoquina apresenta um papel chave na ativação de macrófagos na imunidade adquirida à Legionella e a outras bactérias intracelulares. Em particular, o interferão é conhecido por ter um papel crucial na ativação de macrófagos para resistir à infeção por L. pneumophila.[4]
Referências
- American Academy of Pediatrics. Legionella pneumophila infections. In: Pickering LK, Baker CJ, Kimberlin DW, Long SS. Red Book: 2012 Report of the Committee on Infectious Diseases. 29th ed. Elk Grove Village, IL: American Academy of Pediatrics; 2012:461-62.
- Luttichau HR, Vinther C, Uldum SA, et al. An outbreak of Pontiac fever among children following use of a whirlpool. Clin Infect Dis. Jun 1998;26(6):1374-8.
- Campins M, Ferrer A, Callis L, et al. Nosocomial Legionnaire's disease in a children's hospital. Pediatr Infect Dis J. Mar 2000;19(3):228-34.
- Department of Microbiology-Immunology, Northwestern University Medical School, Chicago, IL 60611, USA. [email protected]